10 de agosto de 2008

Marijuana

_____Alguns textos que eu escrevo aqui são pura ficção; outros aconteceram mesmo, mas eu acrescento alguns passarinhos. A história de hoje, entretanto, por mais absurda que pareça, é a mais pura verdade.

_____Faz uns meses, minha sogra resolveu me dar um pouco de paz viajar para a Guatemala. Semana passada minha paz acabou ela voltou. De volta ao lar, aconteceu todo aquele ritual típico de quem passou um bom tempo fora: “Divertiu-se bastante?”, presentes incomuns para todo lado, “Nossa, como você mudou!”, risadas das palavras da outra língua introduzidas no cotidiano, “Como se faz tal coisa por lá?” e um monte de histórias.

_____Como minha sogra ficou a maior parte do tempo hospedada com uma senhora e não em um hotel, ela tinha uma centena de causos sobre o cotidiano local para contar. Mais histórias foram conseguidas por causa da mania dela de fazer amizades nos pontos não-turísticos de qualquer lugar em que ela passa. Várias dessas histórias são bem engraçadas. Mas, o que me deixou realmente de boca-aberta não foi um causo, foi uma reclamação que ela fez.

_____Durante uma entrega de presentes trazidos da Guatemala ela reclamou: “Que chato. Mais coloridos do que estes panos, eram os cachimbinhos de marijuana que eles tinham por lá. Fiquei revoltada. Os meus amigos não me deixaram trazer nenhum, pois disseram que iriam me barrar no aeroporto.”.

_____Foi uma pena ela não ter tentado trazer uns cachimbinhos mesmo assim, pois, com certeza, a Polícia Federal iria me ajudar a ter uns dias a mais de paz.

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