3 de março de 2025

Carnaval, com uma criança, em tempos de internet

 

            Meu sobrinho mais velho não tem a menor vontade de fazer programas mais agitados de carnaval. Mas, aceitou dançar... se fosse para gravar um vídeo:

 


 

Música: SneakyBass Latina (Jimmy Fontanez, Doug Maxwell & Media Right Productions).

Versão vertical no YouTube ou no Instagram.

25 de fevereiro de 2025

As origens do lindy hop

 

    Videoaula sobre as origens da dança conhecida como lindy hop.

 


Bibliografia, fontes e materiais utilizados:

 

- “Cake Walk”. Vídeo. United States: American Mutoscope and Biograph Company, 1903. Disponível em https://youtu.be/QifiyNm6jG4?si=74ufi4SelwrgOcWz.

- “Frankie Manning dancing Lindy Hop at the Savoy (Late 1930s?)”. Vídeo. 2012. Disponível em https://youtu.be/ZQIWFOU-bp4?si=fTak7Ao6A8iskuDw.

- “GAP Swing Commercial”. Vídeo. 1998. Disponível em https://youtu.be/XJ735krOiPo?si=RZlfQTC13O98s7fn.

- “LBJ - Lindy Hop in Music Videos”. Vídeo. 2013. Disponível em https://youtu.be/hKuOM2XkUoY?si=IgiZ_E-P-nPu9OoD.

- “Lindy Hop en Ask uncle Sol (1937) 2K 60FPS - Remasterizado por IA | «Shorty» George Snowden, Big Bea”. Vídeo. 2021. Disponível em https://youtu.be/HiF_EGOpRyw?si=dgyupiBK12Cbodlj.

- AGUILERA, Christina. “Candyman”. Clip. 2009. Disponível em https://youtu.be/-ScjucUV8v0?si=MB2tEg5o_5uMCfCl.

- MOORE, Nathan. “Up and at em”. Música. 2025. Disponível em https://www.youtube.com/@NathanMooreSongs/featured e https://www.youtube.com/audiolibrary.

- POTTER, H. C.. Hellzapoppin'. Filme. 1941.

 

31 de janeiro de 2025

Tertuliana Lustosa e Xica Manicongo

 


“... Xica Manicongo

Travesti do início do Brasil colonial

Que retirada da sua vida no Congo

Foi confiscada de seu direito primordial”

 

            Ouvi falar de Tertuliana Lustosa pela primeira vez em meio à polêmica dela rebolando em umevento acadêmico. Foi, provavelmente, no mesmo ano de 2024 que eu soube da existência de Xica Manicongo. A diferença é que, enquanto Tertuliana vive, estuda e produz sua arte neste século XXI, Xica viveu no século XVI. É muito triste ver certas histórias apagadas.

Entretanto, achei interessantíssimo reencontrar as duas no cordel que Tertuliana Lustosa escreveu (trechos acima e abaixo), enquanto eu passeava pelo Masp.

 

“Hoje somos seguidoras de Xica

E fazemos a cada esquina nossa labuta

Não à toa usamos o cordel

Em memória ao nordeste e à sua luta”

24 de dezembro de 2024

Um presente


            Eu e minha esposa presenteamos uma amiga querida com o doce livro da Helô D'Angelo. As imagens abaixo são, respectivamente, (1) o livro e a cartinha com a dedicatória, (2) o livro e o envelope-tsuru para a carta e (3) o fofo embrulho de natal da Livraria Simples.

 




            Obviamente, nem a Helô, nem a Simples me pagaram para fazer publicidade deles. Honestamente, neste momento, qualquer tentativa de me pagar para fazer propaganda seria um desperdício de dinheiro, mas indico ambos (e por isso os linkei). A Carol, a minha amiga presenteada, não está linkada porque ela não está vendendo nada e não sei se apreciaria esse tipo de publicidade.

 

            Ah, e para quem gosta de espiar cartinhas alheias, segue abaixo:

 

Carol,

 

            Começamos a admirar você em momentos diferentes. Eu, durante o clube do livro que organizei aqui no prédio; a Marcela, depois dos primeiros momentos das reuniões dos conselhos. E foi pela admiração que temos e por toda a luta que vocês têm feito juntas que resolvemos presentear você com este livro.

            Encontrei por acaso este Nosolhos de quem vê na biblioteca. Li, refleti, fiquei com raiva, com vontade de chorar, admirado... e, ao chegar em casa, comentei com a Marcela que talvez um dia uma das nossas sobrinhas precisasse do livro (atualmente elas têm 4 e 2 anos e só precisam do tio fantasiado do Papai Noel). Quando decidimos demonstrar toda a admiração que nutrimos por essa pessoa maravilhosa que você é, este livro caiu como uma luva para você que, além de tudo, é mãe de meninas que talvez estejam na idade certa para a obra.

            Esperamos que goste do carinho e da leitura.

 

Feliz aniversário e boas festas.

Mauricio e, coassinando, Marcela. 

30 de novembro de 2024

– E as crianças?

 

            Naqueles segundos em que duas pessoas semidesconhecidas ficam trancadas dentro de um elevador, muitas vezes rola um silêncio sem graça; em outras, aprofunda-se em um interessantíssimo tratado de meteorologia – “Tá quente, né?”. Não são essas as estratégias de uma vizinha que, recentemente, mudou-se para o meu prédio.

            Tentando aparentar intimidade, logo no primeiro encontro que minha esposa e eu tivemos com essa vizinha, após as protocolares trocas de cumprimentos, ela já mandou:

            – E as crianças, como estão?

            Estranhando um pouco e meio constrangidos, respondemos um “Bem...”.

Nos encontros futuros, o “E as crianças?” se repetia e o diálogo nunca caminhou muito mais que isso. Até que, em um final de semana, no início da noite, nós chegamos ao prédio, chamamos o elevador e, enquanto esperávamos, a vizinha chegou:

– Boa noite.

– Boa noite. Tudo bem? – respondi, enquanto abria a porta do elevador.

– Tudo. E as crianças, como estão?

– Ah, hoje devem estar um pouco chateadas. Passamos a tarde toda fora e elas ficaram sozinhas.

Estranhando a informação, a vizinha ficou um segundo parada depois de apertar o botão do sétimo andar. Virou-se, olhou nos olhos da minha esposa e perguntou:

– Mas... são crianças ou adolescentes?

– ... Éééé... São cachorros.

– Ah, tá.

Subimos o resto da viagem em silêncio.