10 de janeiro de 2010

Beijando sapos

Atenção: Texto com spoilers do filme A Princesa e o Sapo.

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___Uma das estréias de férias escolares aqui no Brasil foi o desenho A Princesa e o Sapo. Historinha gostosa, bem montada, com uma trilha sonora bastante boa (principalmente para quem, como eu, gosta de swing).
___Entre as coqueluches do lançamento do filme estava o fato de que ele teria a primeira princesa afro-americana da Disney. Não só isso, como, também, que a história quebraria vários tabus, tendo uma princesa lutando para subir na vida da maneira tradicional, uma fada madrinha praticante de vodu, personagens ricas realmente boazinhas e coisas do tipo.
___Mesmo assim, nem sempre é fácil fugir de tabus e, principalmente, dos padrões que a sociedade considera aceitável. Não falo isso só pelo fato de que o filme que traz a primeira princesa afro-americana da Disney foge completamente de discussões sobre preconceito ou, pelo menos, sobre conflitos entre classes sociais. A Princesa e o Sapo também mantém idéias como um casamento tradicional como único caminho para a felicidade (inclusive com filhos, mesmo se não houver condições financeiras para criá-los) e que ser músico não é exatamente trabalhar.
___Provavelmente, quebrar padrões de maneira que chegue a incomodar não é bem a praia de um desenho animado. É uma pena.

2 comentários:

  1. Eu diria que "quebrar padrões de uma maneira que chegue e incomodar" não é a praia de um desenho Disney.

    Tem muitos desenhos mais questionadores por aí em outro estúdios. Entre os talvez se possa encontrar em locadora cito o também musical "Bicicletas de Belleville" e o multicultural "Kiriku e a feiticeira".

    Gostei de "A princesa e o sapo", mas realmente a divulgação apostou no tema equivocado. A tal primeira princesa negra é uma mentira. A menina negra era garçonete, não princesa. Tornou-se princesa após casar com o príncipe.

    A, digamos, contrapartida social é que a menina negra ensina o príncipe que trabalhar é legal. Ele sim, um príncipe negro - que tem que aprender a deixar a vida perdulária quando os pais lhe cortam a mesada.

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  2. Oi Ulisses! Obrigada pelo comentário lá no meu blog!

    Eu não sabia nada desse filme, até que fui passar férias em casa e descobri que era o filme da vez (aquele que as crianças assistem numa média de 500 vezes por semana) pra minha sobrinha. Eu gostei das musiquinhas também e gostei da versão. Mas claro que a disney é e sempre será a disney...

    Beijocas

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