___Plataforma do metrô. Esperando meu trem chegar, sou abordado por um velhinho pedindo informações. Educadamente, ajudo-o – “É só pegar o trem da plataforma de cima.”. Para me agradecer, ele começa a contar uma longa – e desconexa – história; sem parar um minuto para respirar. Pior, ele ainda tinha a incômoda mania de falar segurando o braço do interlocutor.
___Lendo, atualmente, Quincas Borba, do Machado, lembro-me de um trecho do capítulo XXXIV:
“A alma do Rubião bracejava debaixo deste aguaceiro de palavras; mas, estava num beco sem saída por um lado nem por outro. Tudo muralhas. Nenhuma porta aberta, nenhum corredor, e a chuva a cair.”
___Passam dois trens – e nada da história acabar. Não vendo alternativa, com a chegada do terceiro, interrompo-o dizendo que “Tenho horário. Preciso pegar este.”.
___Sem pestanejar, o velhinho embarca comigo:
___– Não tenho pressa. Termino a história durante a viagem e depois eu volto para cá.
Achei que fosse rolar um relato da história rs.
ResponderExcluirEle existe?
nossa, sinto muito mesmo.
ResponderExcluireu costumo andar com fone de ouvido mesmo quando não quero ouvir musica. é um sinal discreto e quase sempre eficaz de manter outros seres humanos longe.
mas contra velhinhos que provavelmente são ignorados por filhos e netos indiferentes nem o melhor fone de ouvido ajudaria.
acho q vc tem noção de q ele talvez nem estivesse de fato precisando de ajuda, né? :S
kkkk, pior é quando acontece o contrário a história é interessante e você tem que ir embora... Eu fico imaginando como terminaria a história.
ResponderExcluirUm tempo atrás perdi o ônibus e tive que esperar uns 20 minutos o próximo e nesse tempo sentou do meu lado uma velhinha que pediu para conversar comigo. Ela mora sozinha, pois seu ùnico fdilho mora no sul e costuma ir â rodoviária para falar com qualquer pessoa que lhe dê um pouco de atençao... Conversamos muito mais que 20 minutos, suas històrias eram táo interessantes que deixei o pròximo ônibus ir kkkkk
ResponderExcluirMe lembra o Uncle Leo do Seinfeld, rs
ResponderExcluirq massa! =)
ResponderExcluirExistir, existe. Mas, a história era tão desconexa q eu não entendi o bastante para poder contar.
ResponderExcluirJá perdi muitos trens por histórias interessantes. Ou estações... Vivo lendo dentro do trem e perdendo o meu ponto por isso. :-)
ResponderExcluir:-) Sua moça me lembrou mto um relato que o Fernando Braga da Costa contou no Homens Invisíveis. Se não seu, Rô, leia q vale mto a pena.
ResponderExcluirMto bom, Fá... lembra mesmo.
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