___Em uma das partes mais famosas e divertidas da Odisséia, Ulisses e alguns companheiros acabam aprisionados na caverna do ciclope Polifemo. Quando o monstro pergunta o nome do líder dos prisioneiros, Ulisses responde:
___– Meu nome é Ninguém.
___Mais tarde, enquanto o ciclope meio bêbado dormia, Ulisses e seus homens pegam o cajado do monstro, aguçam-no, esquentam-no e furam o olho do inimigo. Machucado, desesperado e cego, Polifemo chama pelos outros ciclopes da região. Esses, à entrada da caverna obstruída por uma grande pedra, perguntam o motivo para os gritos do companheiro.
___– Ninguém está me matando! –, responde o ciclope ferido.
___Como “ninguém” estava fazendo mal a Polifemo, os outros ciclopes não dão importância aos gritos do irmão e se afastam. Com isso, pouco depois, Ulisses e seus companheiros conseguem escapar.*
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___Essa estorinha é contada amplamente desde, pelo menos, o século VIII a.C..
___Hoje, por conta da moda do Facebook e afins, com a onda de aprovar/compartilhar/curtir, surgem versões contemporâneas.
___Pode não ajudar ninguém a derrotar um monstro, mas deve fazer algumas pessoas darem risada.
Nota: Piadinha originalmente vista aqui.
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* Homero, Odisséia. Canto IX.
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