Ouvi falar
de Tertuliana Lustosa pela primeira vez em meio à polêmica dela rebolando em umevento acadêmico. Foi, provavelmente, no mesmo ano de 2024 que eu soube da
existência de Xica Manicongo. A diferença é que, enquanto Tertuliana vive,
estuda e produz sua arte neste século XXI, Xica viveu no século XVI. É muito
triste ver certas histórias apagadas.
Entretanto, achei interessantíssimo
reencontrar as duas no cordel que Tertuliana Lustosa escreveu (trechos acima e
abaixo), enquanto eu passeava pelo Masp.
- GÂNDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da Terra do Brasil.
Brasília: Senado Federal, 2008. (Além da imagem do frontispício original.)
- SEEGER, Anthony. “O que podemos aprender quando eles
cantam: gêneros vocais do Brasil Central”. In: SEEGER, Anthony. Os índios e
nós: estudos sobre sociedades tribais brasileiras. Rio de Janeiro: Campus,
1990. pp. 83-106.
- SEEGER,
Anthony. Why Suya Sing. Illinois: University of Illinois Press, 2004.
A
Literatura conta com recursos tão fascinantes que é capaz de deixar qualquer
historiador com inveja. Caso um escritor queira colocar uma citação
interessante que ouviu por aí em um romance, mesmo que de uma fonte aleatória e
não segura, os caminhos estão sempre abertos.
Harper Lee,
a autora do clássico To kill a mockingbird, fez isso no seu último
romance, o Go set a watchman (ou, no Brasil, Vá, coloque um vigia).
Em um momento qualquer da obra, após uma personagem falar sobre um governante
alemão, Harper Lee escreve:
Jean
Louise se lembrou de um poema absurdo. Onde tinha lido?
Com a graça de Deus, minha cara Augusta,
obtivemos mais uma vitória robusta;
dez mil franceses foram para a cova.
Agradecemos a Deus por essa boa-nova.*
A quadrinha
é atribuída, desde o final do século XIX, ao kaiser alemão Guilherme I. Segundo
as propagandas dos próprios alemães, o imperador escreveu esses versos para sua
esposa Augusta de Saxe-Weimar-Eisenach relatando as vitórias prussianas sobre
os franceses que, em 1871, levaram a unificação da Alemanha.
E o que
essa quadrinha tem a ver com a estória do romance da Harper Lee? Nada. Mas, ela
deve tê-la achado interessante e resolveu colocá-la na memória da personagem
principal. Eu achei interessante e resolvi colocá-la aqui.
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P.S.: Curiosidade extra. No Brasil o To kill a mockingbird,
o primeiro romance de Harper Lee, costuma ser traduzido como O sol é para todos.
Em Portugal existem duas versões mais comuns: Por favor, não matem a cotovia
e o Mataram a cotovia.
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* Retirado de LEE, Harper. Vá, coloque um vigia. Tradução
Beatriz Horta. Rio de Janeiro: José Olympio, 2015. p. 161.
Historicamente,
as Forças Armadas brasileiras, ao invés de serem uma força preparada contra
algum invasor externo, são especialistas em atacar a própria população e o
próprio Estado. Em mais uma tentativa de pacificar essa Força Armada golpista, o
presidente Lula acertou em vetar eventos públicos que utilizariam o dia 31 de
março para criticar o Golpe de 1964.
Claro que os
militares devem ser criticados pelo tanto de pessoas torturadas e mortas
durante a Ditadura Militar. Obviamente, eles merecem críticas pelos mais de 20 anos no poder e por terem deixado a economia brasileira em frangalhos,
com uma dívida externa altíssima e uma inflação descontrolada. Sem dúvidas os
milicos devem ser criticados por toda a corrupção ocorrida durante a Ditadura (com
qualquer tipo de denúncia a essa corrupção sendo censurada).
Eu poderia continuar os exemplos
por inúmeras frases. Motivos para criticar o Golpe de 1964 não faltam. O mal
que que os militares causaram ao país ainda nos aflige absurdamente. Lula está
certo em não permitir que eventos que façam alusão ao Golpe ocorram no dia 31
de março, mas muito errado em não permitir eventos públicos lembrando o quanto
a Ditadura foi ruim.
Datas são
historicamente escolhidas para marcar eventos. Escolhemos o dia 7 de setembro
de 1822 como marco para a independência do Brasil em relação a Portugal. Poderíamos
ter escolhido o dia 2 de setembro de 1822, quando Maria Leopoldina, como
princesa regente, assinou a carta de José Bonifácio que seria entregue ao
príncipe – que estava em viagem. A data escolhida poderia ser 2 de julho de 1823,
com a vitória dos baianos sobre as tropas lusitanas. Ou 25 de agosto de 1825,
com o Tratado de Paz e Aliança, o reconhecimento oficial da independência do
Brasil por Portugal. Porém, escolhemos uma imagem quase mítica de dom Pedro
gritando “Independência ou morte!” no dia 7 de setembro.
Voltando aos milicos, sempre me
agrada a ideia de que eventos criticando a Ditadura Militar não devam mesmo
acontecer no dia 31 de março. É importante consagrar o dia 1º de abril como o
dia do Golpe de 1964.
Minha parte preferida da introdução do clássico The
Canterbury Tales, de Geoffrey Chaucer, é quando ele descreve o “folgazão e
alegre” Huberd, o frade mendicante. Chaucer começa dizendo que, entre as ordens
religiosas, “não havia ninguém que conhecesse melhor as artes do galanteio e da
linguagem florida; e para as mocinhas que seduzia ele arranjava casamento às
próprias custas.”. Sempre pesando na ironia, ele descreve que o frade “Era um
nobre pilar de sua irmandade! Conquistara a estima e a intimidade de todos os
proprietários de terras de sua região, assim como de respeitáveis damas da
cidade, – pois, conforme ele mesmo fazia questão de proclamar, por licença
especial de sua ordem tinha poder de confissão maior que o do próprio cura.
Ouvia sempre com grande afabilidade os pecadores; e agradável era a sua
absolvição. Toda vez que esperava polpudas doações, eram leves as penitências
que impunha, porque, do seu ponto de vista, nada melhor para o perdão de um
homem que a sua generosidade para com as ordens mendicantes: quando alguém
dava, costumava jactar-se, sabia logo que o arrependimento era sincero. A
tristeza só não basta, pois muita gente tem o coração tão duro que, mesmo sofrendo
muito intimamente, não é capaz de chorar. Por isso, em vez de preces e prantos,
é prata o que se deve ofertar aos pobres frades.”.
É impressionante ver que um texto do século XIV pode
encontrar tanto eco nos nossos dias. Ainda mais em um momento em que hordas de
pessoas se juntam para atacar um religioso como o padre Júlio Lancellotti que realmente
se dedica àquelas pessoas que nada têm. Bem diferente de Lancellotti, boa parte
dos que pregam a Bíblia fazem como o frade medieval descrito por Chaucer
que “Conhecia as tavernas de todas as cidades, e tinha mais familiaridade com
taverneiros e garçonetes que com lazarentos e mendigas. Não ficava bem para um
homem respeitável de sua posição privar com leprosos doentes: lidar com esse
rebotalho não trazia nem bom-nome nem proveito; por isso, preferia o contato
com os abonados e os negociantes de mantimentos.”.
Ao
falar sobre as roupas do frade mendicante, ele conta sobre o “respeito que
incutia, pois não lembrava um frade enclausurado, – com as roupas andrajosas de
algum pobre clérigo, – mas sim um Mestre, ou mesmo um Papa. Seu hábito curto
era de lã de fio duplo, redondo com um sino saído da fundição.”. Voltando pro
século XXI, tenho me divertido (e me entristecido) muito com o trabalho do @outfitdotemplo.
Aposto que Chaucer iria ficar com a mesma sensação. Tão longe e tão perto...
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P.S.: Citações retiradas
de CHAUCER, Geoffrey. Os contos de Cantuária. São Paulo: T.A. Queiroz,
1988. pp. 6-7.
P.P.S.: Quer ouvir umas
pessoas bacanas falando sobre Idade Média? Meu amigo Alex Castro acabou de
começar um curso sobre literatura chamado “Grande Conversa Medieval”. A didática
Aria Rita de quando em vez também resolve falar sobre o assunto focando em
música. Aproveite que ambos são maravilhosos.
- DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. São Paulo:
Contexto, 2003.
- HELLWALD, Federico de. La Tierra y el Hombre
Descripción pintoresca de nuestro globo y de las diferentes razas que lo
pueblan. Barcelona: Montaner y Simón, 1887.
- KIESLING, Michael. Azul. Jogo. São Paulo: Galápagos
Jogos, 2018.
- TENGARRINHA, José. História de Portugal. Bauru/São
Paulo/Portugal: Edusc/Unesp/Instituto Camões, 2000.
Podcast comentando
o alvará assinado por dom João V, o Magnânimo, em 03 de março de 1741, sobre os
castigos que negros deveriam receber por fugir para um quilombo. Pode ser
ouvido no YouTube, no Spotify for Podcasters (antigo Anchor) ou em plataformas
de podcast.
O trecho
lido do alvará é o seguinte: “Eu, el Rei, faço saber aos que este Alvará em
forma de Lei virem, que, sendo-me presentes os insultos que no Brasil cometem
os escravos fugidos, a que vulgarmente chamam quilombolas, passando a fazer o
excesso de se juntarem em Quilombos, e sendo preciso ... que evitem essa
desordem: [decreto:] Hei por bem que a todos os negros que forem achados em
Quilombos ... se lhes ponha com fogo uma marca em um ombro com a letra F, que
para esse feito haverá [material disponível] nas Câmaras; e se, quando se for a
executar essa pena, já for achado com a mesma marca, se lhe cortará uma orelha,
tudo por simples mandado do Juiz de Fora, ou Ordinário da Terra, ou do Ouvidor
da Comarca, sem processo algum, e só pela notoriedade do fato, logo que do
Quilombo for trazido, antes de entrar para a cadeia”.
- Coleção Cronológica de leis extravagantes, posteriores
à nova compilação das Ordenações do Reino. Tomo II de Leis, Alvarás, etc.. Coimbra:
Real Imprensa da Universidade, 1819. pp. 476-477.
Estamos
passando por um raro momento em que a atenção da população está voltada para os
problemas da população indígena. É um evento que acontece a cada cinco, seis
anos. Às vezes mais tempo, mas essa atenção quase sempre vem ligada a
tragédias. A atual é por conta da horrível situação dos yanomamis, efeito de
tudo que foi feito durante o governo Bolsonaro.
Não
vou me estender na tragédia atual. O Normosee o Fantásticojá
fizeram um bom trabalho falando sobre o assunto. Só quero mostrar uma curiosidade
de como o desrespeito aos povos originários é histórico e extremamente comum nos governos
brasileiros.
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Fui
à exposição Xingu: Contatos, no Instituto Moreira Salles da Avenida
Paulista. Recomendo. É gratuita e ficará aberta até 9/4/2023. A fotografia que
mais me impactou foi uma com Getúlio Vargas, em 1954, na inauguração da Base do Cachimbo. Cercado por militares de alta patente devidamente uniformizados, o
então presidente trava contato com os indígenas da região. A foto é inusitada
pois Vargas coloca um cocar invertido na cabeça do indígena.
A
situação fica ainda mais emblemática do desrespeito aos povos originários e sua
cultura porque Vargas e os militares estão rindo, achando a maior graça da
situação. Do outro lado, os indígenas não parecem estar se divertindo tanto assim.
Claro
que eu estou aqui na torcida para que o novo governo Lula dê a atenção devida aos
povos originários, mas essa foto do Vargas serve bem como lembrança de que o
desrespeito aos indígenas é uma política constante nos governos brasileiros.
Provavelmente muito pouco será feito.
Citando Ailton
Krenak no primeiro episódio do documentário Guerras do Brasil.doc (Luiz
Bolognesi, 2019), “Nós estamos em guerra. O seu mundo e o meu mundo estão em
guerra. Os nossos mundos estão todos em guerra. A falsificação ideológica que
sugere que nós temos paz é para a gente continuar mantendo a coisa funcionando.”.
A Mesopotâmia, como
frequentemente costuma ser explicada nas escolas, recebeu esse nome dos gregos
por ser uma terra entre rios: o Tigre e o Eufrates. E, é importante lembrar, não foi à toa que essa
civilização prosperou entre os dois rios, isso aconteceu porque o rio Tigre
e o Eufrates deixavam a terra fértil e facilitavam a agricultura.
O que entretanto
não costuma ser explicado nas escolas, é que os mesopotâmicos, assim como nós,
também falavam dos mais diversos temas, inclusive de pornografia. Veja um
exemplo lírico muito interessante disso com Inanna (também conhecida como
Ishtar), a deusa do amor, da fecundidade, do erotismo:
Inanna
– E quanto a mim, minha vulva, minha colina estremece.
Quem então me laborará?
A vulva que pertence a mim, a Rainha, minha gleba toda úmida,
Quem aqui passará o arado?
Coro – Ó
Dama Soberana, é o rei que te lavrará!
É Dumuzi, o Rei, que te lavrará!
Inanna– E então! Lavra-me a vulva, o tu que eu escolhi!...*
Pessoalmente,
adoro o atípico desse tipo de documento histórico. Mais interessante do que o
tema pornográfico, é ver como a sociedade mesopotâmica era completamente ligada à
agricultura, utilizando imagens agrícolas para falar de sexo: “Quem aqui
passará o arado? / (...) Lavra-me a vulva, o tu que eu escolhi!”. Do mesmo jeito que
vai ser interessante para um historiador, daqui a séculos ou milênios, ver nossas
narrativas pornográfico-amorosas citando aplicativos e eletrônicos em geral.
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* Citado por BOTTÉRO, Jean. Tudo começou na Babilônia. Amor e Sexualidade
no Ocidente: Edição especial da revista L’Histoire/Seuil. Porto
Alegre: L&PM, 1992. p. 29.
- MOTA, Avelino Teixeira da. Bartolomeu
Dias, descobridor do Cabo de Boa Esperança. Lisboa: N.R.P., 1955.
- PESSOA, Fernando. Mensagem.
Trecho do poema “Mar Português”.
- TENGARRINHA, José (org.). História
de Portugal. Bauru, São Paulo, Lisboa: Edusc, Unesp, Instituto Camões,
2000.
- VAZ JR., Júlio. Escultura do Gigante
Adamastor. 1927.
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P.S.: Foi mais fácil editar a
capa do vídeo em cima do antigo desenho da Pequena Sereia. Mesmo assim,
não posso perder a chance de colocar aqui o trailer da versão que deve sair em
2023:
Uso este blog para me divertir e vivo colocando aqui coisas aleatórias que eu produzo. Publico crônicas que me dão vontade de escrever, críticas, indicações diversas, contos rejeitados em outros lugares (porque eu mesmo não vou rejeitar meus contos, no meu blog)... Passei 2020 e 2021 postando videoaulas e podcasts que eu gravei para meus estudantes por conta das aulas online. Sendo assim, se você está aqui porque aprecia qualquer dessas produções minhas, hoje vou linkar uma acadêmica.
No fim do mês passado, saiu publicado na revista O Mosaico, da Universidade Estadual do Paraná, um artigo científico que eu escrevi sobre a influência do solo, do chão, no surgimento dos passos de dança de salão. É parte do meu trabalho como historiador de História da Dança. Fica o link do meu "Cuidado onde pisa".
Fui convidado para dar uma palestra sobre Tintim, personagem clássica do belga Hergé. Por conta disso, sentei para ler todos os álbuns. Infelizmente, os primeiros são muito, muito ruins. Ruins e preconceituosos. Recheados dos lugares comuns e preconceitos dos europeus do início do século XX.
Veja em Tintim no Congo (1931), o branco, civilizador, colocando os preguiçosos negros para trabalhar (sem trabalhar, é claro):
Com o passar do tempo, Hergé e sua personagem foram melhorando e os preconceitos diminuindo. Meia década mais tarde, em O Lótus Azul (1936), são os vilões que inferiorizam os não-europeus – e são reprendidos por Tintim:
Junto com a diminuição dos preconceitos, a qualidade dos livros também melhorou bastante. Ainda bem, ou não existiriam motivos para que fossem quadrinhos tão aclamados.
O protesto feito queimando a estátua impactou, trouxe muita discussão sobre o assunto e, também, trouxe muita atenção para a estátua. Em menos de 24 horas já existiam diversas propostas de restauro e afins.
Em outro canto de São Paulo, outra estátua de bandeirante, o Monumento ao Anhanguera, na Avenida Paulista, também foi alvo de um protesto. Só que esse foi mais sutil. Veja as fotos que eu tirei abaixo:
Talvez você, leitor, esteja pensando: "O que há de sutil? Quem não se tocou que estão falando que o Anhanguera tem as mãos sujas de sangue?". OK, concordo, não é nada sutil. No entanto, alguém conseguiu, mesmo em frente a um posto móvel da Polícia Militar, manchar uma das mãos do bandeirante de vermelho. E, mais do que isso, faz meses que alguém fez isso e, até agora, a intervenção "sutil" não saiu de lá.
Há quase um ano, em janeiro de 2021,
quando pessoas em Manaus estavam morrendo por falta de oxigênio, o general Hamilton
Mourão, vice-presidente do país, disseque “O governo está fazendo além do que pode dentro dos meios que a gente
dispõe. Agora, eu já falei aqui para vocês várias vezes a respeito da Amazônia.
Na Amazônia as coisas não são simples, (...) você só chega lá de barco ou de
avião. Qualquer manobra logística para você, de uma hora para outra, aumentar a
quantidade de suprimentos lá requer meios que, vamos colocar aí, a Força Aérea
até alguns anos atrás tinha Boeings”. O vice-presidente continuou então
defendendo que, se as Forças Armadas tivessem mais recursos, tudo estaria
resolvido.
Literalmente, em meio a uma bruta
calamidade, com um monte de gente morrendo sem ar, morrendo de uma maneira
horrível, o infeliz não teve vergonha na cara e foi lá defender mais grana no
bolso dos seus. Agora, em dezembro de 2021, outra tragédia atinge a Bahia. No
caso, enchentes. Partidários das Forças Armadas, presidente de férias incluso,
enfatizam a ação do exército. Ação que, claramente, não tem sido o bastante.
Na Antiguidade, em meio às guerras
de gregos contra persas, os gregos fundaram a Liga de Delos. Grosso modo, uma união de cidades-Estado
que enviavam recursos para a Liga que, então, defenderia os gregos de ameaças
externas. Atenas, liderando a Liga, desviou os recursos da Liga de Delos e os
investiu na própria pólis. Inclusive, parte dos recursos serviram para fortalecer
a marinha ateniense.
Agora eu volto para a fala do
vice-presidente Mourão utilizando uma crise humanitária como desculpa para
defender mais recursos para as Forças Armadas. Dar mais dinheiro para as Forças
Armadas resolverá qualquer problema? A pergunta mais importante é: resolverá
para quem?
Vídeo-aula comentando
como o Museu do Ipiranga monta toda uma narrativa histórica para defender a
tese de que São Paulo foi importantíssimo para a formação do Brasil.
Bibliografia,
fontes e materiais utilizados:
- Atlas
histórico escolar. Rio de Janeiro: FAE, 1991.
Vídeo-aula analisando as pinturas A fundação de São Paulo, de Oscar Pereira Silva e Antonio Parreiras,
para falar do imaginário que os paulistas quiseram construir sobre a formação
do Brasil.
Bibliografia,
fontes e materiais utilizados:
- Retratos dos
governadores-gerais: Tomé de Sousa: Jean-Baptiste Debret, 1822. Duarte da
Costa: anônimo, c. 1970. Mem de Sá: Manoel Víctor Filho, 1969.
- GUERRA, Júlio. Monumento de Borba Gato. Escultura. 1957.
- MEIRELLES, Victor. Primeira missa no Brasil. Pintura. 1860.
- MENDES, Sam. 1917. Trailer do filme. 2019.
- MENESES, Ulpiano
Toledo Bezerra de. Pintura Histórica: documento histórico? In: Museu Paulista – USP. Como explorar um museu
histórico. São Paulo: Museu Paulista/USP, 1992. pp. 22-25.
- MONTEIRO, Michelli
Cristine Scapol. Fundação de São Paulo: a origem da cidade representada por
Oscar Pereira da Silva e Antônio Parreiras. VII Encontro de História da Arte.
Campinas: Unicamp, 2011.
- MONTEIRO, Michelli
Cristine Scapol. Fundação de São Paulo, de Oscar Pereira da Silva: trajetórias
de uma imagem urbana. Mestrado. São Paulo: FAU-USP, 2012.
- PARREIRAS, Antonio. Fundação de São Paulo. Pintura. 1913.