24 de agosto de 2007

Como deixar de ser gay

_____Você é homossexual? Quer deixar de ser gay? Não imagina de onde essa doença pode ter vindo? Quer evitar que seu filho trilhe esse pavoroso caminho? Sem problemas, a solução é simples e o livro abaixo pode ajudá-lo.

_____Provocações de primeiro parágrafo a parte, achei que valeria a pena uma postagem para mostrar uma parte do horrível livrinho infantil que encontrei pela internet (aqui para ser mais exato). O livrinho tem um texto fácil e é ilustrado e, como normalmente fazem os defensores de valores morais mais do que distorcidos, tratam suas idéias da maneira mais unilateral possível, com soluções fáceis e diretas, como se não existisse nenhum questionamento sobre nada. Qualquer semelhança com a educação nazista, não é mera coincidência. Vejam do que falo:

Cura 1

Cura 2

Cura 3

Cura 4

Cura 5

Cura 6

Cura 7

Cura 8

Cura 9

_____É absurdo e preconceituoso? Sim. Entretanto, mais espantoso do que isso são as soluções bobas apresentadas. Como se o mundo pudesse ser encarado assim.

_____Alguém vai me dizer que eu sou exagerado? Que as coisas são expostas assim por se tratar de um livrinho infantil? Vejam parte de um texto de Plínio Correia de Oliveira, fundador do TFP (o Tradição Família e Propriedade), falando sobre História do Brasil:

Quando se fala de tradição, o que logo ocorre a grande número de pessoas é a Inglaterra atual, com a Rainha, a Câmara dos Lordes, as Rolls-Royce, os chapéus-côco, a distinção e a fleugma britânicas. Como fundo de quadro, a palavra evoca reminiscências brasileiras de tempos mais remotos. Assim os patriarcais casarões de fazendas com seus terreiros, suas palmeiras e as senzalas próximas. Ou a quinta da Boa Vista, as barbas brancas de D. Pedro II e o sorriso afável de Da. Teresa Cristina. E ainda o Rio plácido e galhofeiro da I República bem como a São Paulo aristocrática e circunspecta, familiar e divertida, da alta do café. Tudo isto sem esquecer a Bahia vivaz e indolente, gulosa e musical, que ostentava, mais ou menos na mesma quadra, as galas antigas dos tempos dos governadores Gerais e as fulgurações, então ainda recentes, da nomeada de Rui Barbosa. E a Minas incomparável do Aleijadinho, cuja expressão máxima são, a meu ver, os profetas majestosos e coléricos da escadaria de Congonhas do Campo. (grifos meus).
_____Encarando o passado assim sem conflitos ideológicos, sem desigualdade, como se todas as pessoas das épocas citadas fossem felizes e tivessem uma vida boa é moleza imaginar um mundo belo e de soluções fáceis, como o do livrinho... Em um mundo assim, deve ser possível “curar” um homossexual.

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