28 de dezembro de 2007

Política, assassinato e poesia

_____Resolvi escrever esta postagem para falar de uma família de ricos proprietários de terra, com forte influência política no país e diversas acusações de corrupção ligadas a eles. Não, não estou falando de alguma “importante” família de coronéis do nordeste brasileiro, mas, sim, da família Bhutto, do Paquistão. Benazir Bhutto, ex-premiê do Paquistão, foi assassinada na última quinta-feira e creio que o fato não merece passar em branco.

_____Como não sou um grande fã de Benazir mesmo entendendo sua importância para o Paquistão, escolho, para evitar que nada se fale, disponibilizar um poema de sua sobrinha (e adversária ideológica) Fatima Bhutto. Atualmente, simpatizo bastante com Fatima, pois, além de escrever melhor que um proeminente coronel ligado à política brasileira, até agora ela não é muito ligada a desmandos políticos.

_____Como não encontrei nenhum poema de Fatima Bhutto traduzido, vou disponibilizar o poema “Hear me” no original e, em seguida, minha tradução dele para o português.

Hear me

Hear me. Hear me

whisper to the sky.

I never got to say

Goodbye.


I call so

Loudly. Hear me.

Beyond the rain, the clouds.


I need to tell you

I miss you. I cannot bear

To call like this

Without reply.


Answer me by just

Saying goodbye.

*****
Ouça-me
Ouça-me. Ouça-me
para o céu sussurrar.
Eu nunca comecei a falar
Adeus.

Eu apelo assim
Ruidosamente. Ouça-me.
Para além da chuva, das nuvens.

Eu preciso dizer a você
que eu perdi você. Não posso suportar
Chamar assim
Sem resposta.

Responda-me apenas para
Dizer adeus.

P.S.: Provavelmente existem opções melhores para traduzir alguns dos versos do poema; qualquer sugestão é muito bem vinda.

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