14 de março de 2008

Escreveu, não leu...

_____É óbvio que ninguém é obrigado a ler o que eu escrevo. Porém, depois de algum tempo de blog, eu acabei me acostumando a ter leitores e fico muito feliz com isso. Muitos eu nem sei que existem, mas os que já se manifestaram, foram lidos com todo o carinho (quer eu tenha ou não gostado do comentário). Existem aqueles que sempre falam algo, uns que comentam por aqui só de vez em quando e outros, ainda, preferem se comunicar comigo por e-mail.

_____É bem gostoso me relacionar de alguma forma com quem me lê (ainda mais porque, que eu saiba, não tenho leitores psicopatas), mesmo que seja apenas com um sorriso meu deste lado da tela. Porém, acostumado com os comentários, acabei ficando mal-acostumado.

_____No último domingo publiquei um texto que me deu um imenso trabalho sobre o Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta, de Ariano Suassuna. Por melhor que seja o livro, ele é imenso e tem algumas partes um pouco entediantes. Lê-lo já deu trabalho. Arrumar o que escrever sobre ele, mais ainda (principalmente porque tive de fazer um bom tanto de leituras extras). Foram uns dois meses preparando tudo.

_____O problema é que ninguém falou nada sobre o texto e, como eu disse, fiquei mal-acostumado. Dá uma séria impressão que meus leitores não gostaram. Ou, pior ainda, que não leram.

_____Muitas das minhas postagens-piadas, com algum cometariozinho jocoso sobre algum acontecimento, que praticamente não me deram trabalho algum, fizeram um sucesso absurdamente maior. Não estou pedindo comentários para a postagem sobre o Romance d’A Pedra do Reino, só aproveito para perguntar: meus textos mais acadêmicos também agradam vocês? Eu nem imagino como conseguiam viver aqueles escritores dos séculos anteriores, sem nunca saber o que pensavam seus leitores.

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