___Vocês já conhecem o conto “Dois corpos que caem”, do João Silvério Trevisan? Se não conhecem, deveriam. É interessante e tão curtinho que, se vocês não gostarem, o tempo perdido não será tanto assim.
___Cliquem aqui e deem uma lida.
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___E, então? Gostaram?
___Interessante, né? Reflexivo, provocativo, engraçado, simples. Um trabalho legal.
___Querem ver o conto melhorar? Olhem, então, o trabalho que fez o Antônio Abujamra ao interpretá-lo para o antigo Contos da Meia-Noite da TV Cultura.
___Essa leitura corrida, desesperada, acaba dando uma ótica completamente nova para o conto. Ficou muito mais interessante do que a obra que existia na minha cabeça durante a leitura.
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P.S.: Creio que valeu ter feito o elogio, pois, realmente, o conto ficou muito mais interessante com a interpretação. Entretanto, cortar partes do conto foi um pouco bola fora. Não dá para acertar todas.
Foi exatamente a incrível interpretação de muitos atores do programa "Contos da Meia Noite",que por vezes me despertava para autores e contos que eu não lia muito.Mas claro,depertavam a minha curiosidade e interesse para buscar o conto na íntegra.
ResponderExcluirNão me aborreci com o corte de alguns pontos do conto. Considero que mesmo uma releitura não deixa de ser uma criação, uma outra obra. Gostei de ambas.
ResponderExcluirAo contrário de vocês três, achei a interpretação do Abujamra ruim. No início ela me agradou, com a urgência que ele usava no diálogo entre João e Antônio. Entretanto, minha leitura mais pausada, me agradou mais, pois parecia que na improbabilidade dos dois homens que caíam de um prédio ao mesmo tempo, um tempo que passasse mais devagar, durando o suficiente para que eles finalizassem suas filosofagens, me pareceu mais adequado.
ResponderExcluirEntendi o que você quis dizer,mas acho que a interpretação do Abujamra tras justamente a diferença que existe quando fazemos a leitura do texto( temos a possibilidade de pausar em determinados momentos) e a forma com que ele declamou de acordo com as circunstâncias do conto.O que eu quero dizer é que se torna muito mais divertido conhecer as maneiras diferentes de apreciar contos ,poesias,crônicas e etc.
ResponderExcluirMeu ponto de vista encaixa bem com a ideia de que a interpretação é um tipo de recriação (essa, por exemplo, trouxe uma leitura que eu não teria feito – o que costuma me agradar). Por entender a interpretação como uma recriação, aceito sem problemas o corte de determinadas partes. Meu ponto é que o conto do Trevisan é tão curtinho que encaixava bem na pressa da interpretação do Abujamra, mesmo sem cortes (por isso q os cortes foram incômodos para mim).
ResponderExcluirAproveitando a discussão, alguém aqui conhece as interpretações completamente diferentes do mesmo texto que aparecem no Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive), do David Lynch? Creio que encaixa bem para acrescentar uns dois níqueis que reflexão a todas as falas até agora.
Aí sim, neste caso concordo contigo. Conhecer algumas diferentes formas de leitura deste conto só enriquece nossa experiência de leitores.
ResponderExcluirComo assim diferentes? Faz tempo que assisti ao filme, mas pra mim era um
ResponderExcluirSPOILER
SPOILER
SPOILER
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SPOILER
sonho da personagem da Naomi Watts, que abandonada pela namorada, começou a viajar foda na maionese.
Não, Marcus, não estou falando do filme todo. Estou citando um par de trechos. No primeiro, se não em engano, as duas personagens principais treinam uma cena que uma delas vai ter de usar em um teste de teatro – e elas leem a cena como se fosse algo violento, como se fosse uma briga ou algo do tipo. Quando a moça vai fazer o teste, entretanto, o texto é o mesmo, mas a pessoa que contracena com ela e ela o interpretam como se fosse um ato de sedução, algo sexy. Lembrou? (Ou eu que me confundi e essa história não está no Cidade dos Sonhos?).
ResponderExcluirUlisses, realmente excelente a dica. Eu acho que eu gostei mais da versão do Abujamra mesmo tendo os cortes. Fiquei curioso de ler mais coisas do autor eu realmente acho fantástico a capacidade criação e imaginação de certos autores, eu acho que jamais imaginaria um diálogo entre dois suicidas a despencar do alto de um prédio.
ResponderExcluirPutz, não lembrei :(
ResponderExcluirAdoro quando o acaso me põe frente a frente com esses contos da meia-noite. Tem ainda? Gostei muito deste! Tanto que fui pesquisar outros no youtube, como não tinha tido esse insight ainda, de pesquisar? heheh
ResponderExcluirBjo!
esse conto eu li num livro dele chamado Troços e Destroços ( eu acho). um livro , cara, muito pesado. muito pesado mesmo.
ResponderExcluire não sei se foi pq tinha outros contos muito fortes, esse passou sem me chamar muita atenção. :S
contos da meia noite pra mim é basicamente Pequenas Distrações do Gregorio Bacic. é a pior/melhor coisa que eu ja vi. serio.
Não, Natacha, não passa mais...
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