___Adoro descobrir que gosto de algo que eu não sabia gostar. Ouvir uma música nova, apreciar, pesquisar e descobrir que aquele estilo desconhecido me agrada. É maravilhoso. Foram raras as vezes em que me recusei a experimentar algo que eu nunca havia feito e, infelizmente, são meus preconceitos que me aprisionaram e ainda me fazem perder boas oportunidades.
___Como tento aplicar essa vontade de experimentar de tudo a praticamente todos os campos da minha vida, é bom dizer: as comidas figuram em campo privilegiado. Já experimentei a cozinha mexicana, tailandesa, inca, russa. Já fulguraram em meu prato rãs, cogumelos coloridos, ovas de peixe, ostras e algumas coisas estranhas que eu tive de olhar por vários minutos para ter certeza que não iriam me atacar.
___Dito isso, saibam que trabalho no Bom Retiro – bairro com um número muito grande de judeus e coreanos. Já experimentei as duas cozinhas em diversos almoços e aprecio ambas.* Só que, cercado de alunos na saída das aulas, nem sempre dá tempo de parar em algum lugar para comer com calma. Muitos almoços resumiram-se a uma passada rápida no mercadinho coreano mais próximo.
___Além de comprar o que eu já conheço, sempre vou à prateleira de comida oriental e escolho algo com algum ideograma asiático que eu nem imagino o que significa. Com isso, já obtive gratas surpresas (como um delicioso palitinho que eu acredito ser de amendoim com chocolate).
___Para o delírio da platéia, eu poderia agora contar sobre o veneno de rato que eu peguei um dia e comi achando docinho, mas as coisas não são tão trágicas assim. Escolhendo ao acaso, comprei o simpático potinho que vocês podem ver abaixo.
___Depois de almoçar, resolvi abri-lo para descobrir qual seria a atípica iguaria que eu iria experimentar. Ao invés de ser recebido por um sorridente alimento, prestes a ser devorado, encontrei esse triste par de saquinhos.
___Como eu duvido que o objetivo seja comer os pozinhos nesse estado, não sei com o que misturá-los e não pretendo inalá-los para ver se dá barato, estou com dois ingredientes em casa, sem saber o que fazer. Desde que bem educadas, aceito sugestões.
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* E, graças ao Branco Leone, também frequentei bastante uma ótima casa de comida búlgara. Caso alguém queira experimentar, fica na rua Silva Pinto, 356.
Se eu tivesse que chutar algo para a tua comida misteriosa. Eu chutaria que é um cappuccino que pedaços de chocolate. Pó claro o cappucino, pó escuro o chocolate para colocar por cima e eu tentaria fazer igual aquelas misturas prontas para cappuccino!
ResponderExcluir^^
Milhões de sugestões grosseiras e indelicadas surgem na minha cabeça... Adorei o sugestionamento para pensamentos malditos.
ResponderExcluir:)
pela carinha feliz da embalagem, eu imagino que seja uma bebida gostosa. ou apimentada. ou com drogas.
ResponderExcluirtenta misturar com leite e vê no que dá!
ps: burekas são coisas realmente maravilhosas.
olha, a imagem do netzinho não é muito confiável, mas me parece ser uma sopinha daquelas beeeeem gostosas, fui com a cara da embalagem, rs! jura que não tem nenhum adesivo com as instruções em português, inglês, algo assim? você também pode ser cara de pau (né?) e perguntar no próprio mercado... mas do jeito que eu sou curiosa, se estivesse com essa embalagem já tinha "tacado" água quente no pozinho, rs!
ResponderExcluiraproveita e confere a validade no mercadinho, porque esse 2010.02.28 dá a entender que o pozinho já está parado há um tempinho...
ResponderExcluirJá tentou jogar o ideograma no tradutor do Google para ver o q significa? Talvez vc seja surpreendido com a grata surpresa de que não se trata de nada anormal apenas farinha de amendoim por exemplo. : D
ResponderExcluir"...não pretendo inalá-los para ver se dá barato". A melhr parte. Ri dela.
PS. Adoraria saber a história do veneno de rato.
:-)
ResponderExcluirEstá convidada para comer uma bureka quando vc quiser.
Hum... não sei jogar ideogramas no tradutor do Google... Como se faz??
ResponderExcluirAh, Kell, o veneno de rato foi apenas uma construção para fazer piada no texto... sorry. :-)