1 de novembro de 2011

PM na USP (parte II): bandidos e mocinhos

___Um dos comentários do último artigo foi de um leitor (?) muito simpático chamado bitu. Talvez alguns de vocês tenham alguma dificuldade para entender a profundidade da mensagem do rapaz, mas, mesmo assim, vou reproduzi-la: “vai si foder. defensor de maconheiro!”. Como eu não fui eleito presidente do Grupo de Apoio à Reprodução dos Maconheiros Marinhos em Época de Desova, acredito que o bem articulado comentarista falou isso por conta do meu questionamento ao modo como a imprensa tratou o caso do conflito entre estudantes e policiais na última semana.
___Para fornecer uma versão além da que foi dada pela imprensa (já que o meu texto foi de análise de versão, não uma versão) aproveito para indicar a pequena entrevista que o grande Leonardo Sakamoto fez com os diretores do Diretório Central dos Estudantes da USP. Como já diria qualquer professor a um grupo de alunos querendo criticar algo, Vale a pena conhecer outros lados.

5 comentários:

  1. Para mim, a melhor forma de resolver este impasse é sair do achismo e mostrar números. O fato do estudante da FEA ter morrido num dia de ronda da PM é uma anedota. Não tem validade estatística.

    O que eu gostaria de ver é se o número de roubos, furtos, assassinatos, estupros e demais métricas da violência aumentaram ou diminuíram após a entrada da PM na USP.

    O que não dá é pra ficar confiando só na palavra da PM, do movimento estudantil e da reitoria da USP (ainda que estes dados sobre a violência sejam computados e divulgados por estas partes).

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  2. Na verdade, Marcus, o meu ponto aqui no blog (tanto no artigo anterior, qto neste post) é lembrar que (I) existem várias versões e (II) q essas versões podem ser/são parciais. Vale lembrar, e vc sabe disso bem melhor q eu, q números tb podem ser facilmente manipuláveis.

    Por fim, outro ponto importante, é q o problema da PM em campi universitários, mesmo se a criminalidade diminuir mto, ainda é problemática por mtos outros fatores (diminuição da liberdade de expressão, repressão ao movimento estudantil, tornar mais desigual ainda a relação reitoria/corpo discente, etc.).
    Ah, querido... e tem mais uma coisa... na última madrugada, as coisas ficaram um pouco mais complicadas: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,assembleia-decide-fim-da-ocupacao-de-predio-na-usp-manifestantes-invadem-reitoria,793519,0.htm

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  3. Sim, e por isto mesmo o meu comentário. Dizer que a PM é inefetiva ou que a liberdade de expressão é diminuída, não me serve de nada.

    Além do mais, não acho que movimentos estudantis tenham alguma importância atualmente. Passei quase 8 anos na UFRGS, entre licenciatura, bacharelado e mestrado, e a única coisa que lembro do movimento estudantil da universidade foi que ele servia para aumentar o número de afiliados do PSTU. Em nível nacional, acho que a maior conquista de algo neste estilo, nos últimos anos, foi dobrar o preço de shows e espetáculos, de modo que estudantes paguem entrada inteira e pessoas sem privilégios, o dobro do valor do ingresso.

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  4. Ulisses Adirt, devemos também levar em conta que no Campus da USP não existe só a ffLCH, os alunos, professores e servidores de outras faculdades, também tem o direito de opinar e ter mais segurança para circular pelo Campus. A presença da PM não tira o direito de expressão e liberdade, isso só cabe na cabeça dos orfãos da antiga União Soviética.

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  5. Não se esqueça, Jw, que a entrevista que eu linkei foi feita dada pelo Diretório Central dos Estudantes da USP, o DCE, eleito democraticamente, por todo o corpo discente da Universidade.

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