___Acho sempre muito interessante como as pessoas conseguem desenterrar coisas pela internet.
___Na postagem em que eu falei sobre policiais agredindo os skatistas, o leitor Lux deixou um comentário linkando outro vídeo. Trata-se de uma reportagem, de outubro de 2012, sobre guardas agredindo um camelô. O interessante é que o policial que agride o camelô de maneira mais pesada é exatamente o mesmo infeliz que foi o mais escroto na ação contra os skatistas.* Confiram (primeira aparição aos 27”):
___O jornalista Felipe Rousselet, no bem acessado Blog do Rovai, além de divulgar esse vídeo, também revelou o nome do policial. O serviço dos frequentadores da rede foi completo: conseguiram até tirar um print do facebook do sujeito (já fora do ar).
___É bom saber quem é esse policial-criminoso? Claro. É bacana que achincalhem um idiota desses? É, é bacana sim. No entanto, também é bom lembrar o sábio conselho de Ben Parker. É necessária muita atenção com esse poder todo da internet. Como o próprio Luciano Medeiros já demonstrou, é fácil deixar o poder subir à cabeça e fazer merda por aí. A transição de mocinho para bandido é bem rápida.
___O passo entre divulgar o nome de alguém e passar o endereço para se apedrejar a casa da pessoa é bem pequeno. Foi mais ou menos isso que fez o Coronel Telhada, outro policial-bandido, atualmente vereador pelo PSDB. Ex-comandante da ROTA e com mais de 90 mil seguidores no facebook, Telhada não aceitou bem o ótimo trabalho do repórter André Caramante e incitou seus asseclas contra o pobre jornalista. Como resultado, Caramante e sua família tiveram de deixar o país.
___Criticar é imprescindível, denunciar é importantíssimo, mas é necessária muita atenção e responsabilidade. Ou alguém que denuncia gostaria de ser tão criminoso quanto o policial Luciano Medeiros e o Coronel Telhada?
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Leitura recomendada: O Reino do Amanhã, de Mark Waid.
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* Como bem ressaltou Felipe Rousselet, “Qual o motivo para ele, nas duas agressões em que foi flagrado, estar sem farda e identificação?”. Depois de agredir cidadãos em mais de uma oportunidade, essa é realmente uma questão que não deveria ficar sem resposta.
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