12 de dezembro de 2015

The Hunger Games

___Reuniãozinha familiar com a família da minha esposa. Depois da refeição, as pessoas decidem escolher um filme no Netflix e acabamos por assistir Jogos Vorazes
___Assim que o filme termina, revoltada, uma das pessoas comenta:
___– Meus Deus! Quanta bobagem. Até parece que uma sociedade inteira iria permitir esse tipo de maldade. 
___Quando me preparei para argumentar algo, já fui interrompido: 
___– Ah, nem me venha com essa coisa de historiador, Ulisses. As pessoas faziam isso na Roma Antiga, mas não fazem mais. A nossa sociedade não aceita esse tipo de absurdo!
___Dei uma leve risada e, tentando não falar sobre História, respondi:
___– A nossa sociedade só permite que um grupo gigantesco de pessoas seja pobre e passe fome, frio e afins. E o grupo privilegiado que não passa por esses problemas ainda tem coragem de criticar os mais pobres, chamá-los de vagabundos e coisas do tipo. 
___– Ah, não! –, minha interlocutora retrucou, revoltada. – Se a pessoa é vagabunda e não trabalha, ela tem mesmo é que passar fome. Quero mais é ver ela se foder!
___– ... Ah... bem... E aí, pessoal, agora vamos jogar baralho? 

Capa da edição portuguesa: The Hunger Games / Os Jogos da Fome

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P.S.: Caso alguém esteja curioso, não sou nenhum grande defensor do Jogos Vorazes ou algo do tipo. Não cheguei nem perto de ter contato com os livros. Só achei que o diálogo acima valia o texto. 

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