28 de fevereiro de 2022

Respirando em sala de aula

     Durante a maior parte do isolamento social de 2020 e 2021, as escolas se mantiveram fechadas com aulas online. Durante todo o tempo, um monte de pais com filhos em escolas particulares, muito mais preocupados em se verem livres das próprias crias por algumas horas do que com a saúde delas, fez uma forte campanha contra os cursos à distância. 

        O argumento mais comum é que as aulas online estavam prejudicando os estudante, que assim eles não conseguiam aprender, que a formação ficaria defasada etc.. Eu, pessoalmente, não vi nenhum dos problemas tão alardeados, seja acompanhando meu sobrinho de seis, sete anos, seja como professor vendo o resultado dos meus alunos. 

            Agora, em 2022, as aulas presenciais voltaram completamente. Os mesmos problemas que existiam antes continuam existindo e ninguém parece preocupado em resolvê-los. Por exemplo: as salas de aula continuam lotadas. Seja por conta da saúde ou por preocupação com o aprendizado, isso é péssimo. Porém, é mais fácil encontrar um duende do que alguém tentando resolver esse problema de verdade. 

            Ensinar de máscara é horrível. Força-se mais ainda a garganta e as interações que se faziam com sorrisos, caretas e afins acabam muito prejudicadas. Isso não significa, nem de longe, que eu esteja aqui defendendo que se pare de usar máscaras: só farei isso quando o Átila me der a sua benção. 

            Ainda que seja um momento político e social extremamente difícil, voltar a interagir com os alunos fisicamente, apesar de tudo, está sendo uma delícia. Só é uma pena que essa tirinha de 2019 da Laerte pareça ainda mais atual:



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