Fui convidado para dar uma palestra sobre Tintim, personagem clássica do belga Hergé. Por conta disso, sentei para ler todos os álbuns. Infelizmente, os primeiros são muito, muito ruins. Ruins e preconceituosos. Recheados dos lugares comuns e preconceitos dos europeus do início do século XX.
Veja em Tintim no Congo (1931), o branco, civilizador, colocando os preguiçosos negros para trabalhar (sem trabalhar, é claro):
Com o passar do tempo, Hergé e sua personagem foram melhorando e os preconceitos diminuindo. Meia década mais tarde, em O Lótus Azul (1936), são os vilões que inferiorizam os não-europeus – e são reprendidos por Tintim:
Junto com a diminuição dos preconceitos, a qualidade dos livros também melhorou bastante. Ainda bem, ou não existiriam motivos para que fossem quadrinhos tão aclamados.
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