11 de abril de 2007

Excelentíssimo e mui amado Senhor Pichador

_____Não são incomuns na capital paulista placas como a mostrada acima. Vários estabelecimentos comerciais e, às vezes, até mesmo estabelecimentos residenciais colocam placas como essa, apelando para um mínimo de consciência dos pichadores. “Não piche este muro. Ao pichá-lo você não vai estar prejudicando apenas o infeliz do dono da casa, mas, também, um hospital para crianças com câncer. Se você pichar este muro, saiba que o sangue das pobres criancinhas que morrerem estará nas suas mãos!”.
_____Muitas vezes a placa parece funcionar e, quer as doações sejam feitas ou não, as paredes do local (e seu dono) param de se preocupar com as pichações.
_____Entretanto, não é sempre que o apelo emocional funciona. Hoje cruzei com um muro em que o dono do local é obrigado, inclusive, a fazer certas concessões aos pichadores.

_____O problema é que o pobre infeliz não obteve sucesso em sua empreitada e a parede continuou sento pichada.

_____Se picharam as portas de ferro, também, eu não sei. A parede é de uma papelaria que, naquele momento, estava aberta e, portanto, com as portas de ferro levantadas.

P.S.: Pena que na região não exista nenhum pichador alfabetizado que tenha resolvido corrigir o nome da própria atividade. Se eu exercesse esse tipo de prática eu picharia corrigindo a palavra “pixar”; na parede e nas portas de ferro.*

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* Eu sei que existem mais coisas para corrigir (nos dois avisos, diga-se de passagem). Preferi me ater ao erro mais grotesco.

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