_____Fiz o que tinha de fazer e, então, aproveitando que eu estava perto da casa da minha avó, fui choramingar dizendo que eu estava com frio. Ela me emprestou um terno do meu avô. Fiquei ridículo, mas quentinho. Podem conferir pela foto abaixo.
_____Aquecido e, portanto, feliz (sabe, quem nem a paródia do passarinho na merda?), ao invés de voltar para casa, liguei para minha namorada e fomos para o cinema assistir Noel – Poeta da Vila, de Ricardo Van Steen. O filme não é perfeito e, mesmo tendo interpretações e montagem um pouco mais toscas, segue aquele mesmo caminho básico que as últimas biografias de astros da música têm seguido (se você não sabe do que estou falando, assista Ray e Johnny & June). Porém, gostando de samba como gosto, acabei me divertindo.
_____Quando a sessão terminou, enquanto os letreiros subiam, um samba gostoso de autoria de Noel Rosa tocava e a sala esvaziava, peguei minha namorada e fui dançar uma gafieira* no canto da sala, perto da tela. Dançamos nos divertindo até o letreiro terminar. Assim que acabou um velhinho desceu as escadas e foi nos cumprimentar, aproveitando para perguntar se nós éramos contratados para fazer aquela performance. Dissemos que não, sorrindo, e fomos embora.
_____Após sair da sala uma dúvida me acometeu. O velhinho pensou que nossa dança era uma performance porque um dos primeiros sambas do Noel foi o “Com que roupa?” e eu estava com um terno horrível, parecendo um malandro da década de trinta, ou porque eu sou tão feio quanto o compositor?
P.S.: Quem quiser conhecer o site oficial do filme, existem algumas músicas em mp3 bem interessantes para download.
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* Samba de gafieira: estilo de dança utilizado para se interpretar estilos musicais ligados ao samba.
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