_____Não, não estou falando de quando você está fazendo algo de errado e vê um guarda por perto. Muito menos daqueles estabelecimentos comerciais que colocam como seguranças uns caras tão enormes que provavelmente poderiam palitar os dentes com o fêmur de alguém. Também não me refiro àquelas situações em que um grupo de policiais, de armas em punho, passa correndo perto de você gritando “Não vai subir ninguém! Não vai subir ninguém! Fica todo mundo quietinho aí!”.
_____Eu não estava perto de uma cena perigosa, não roubei um banco, não cheguei perto de uma casa noturna, nem estava trabalhando em uma ONG de favela carioca. Eu, simplesmente, estava andando de metrô.
_____Logo que entrei na estação Sumaré, vi dois seguranças perto das bilheterias. Eu nem me lembraria disso se, na plataforma, eu não tivesse visto mais uns dez, caminhando em duplas. Um dos pares entrou no mesmo vagão que eu e, então, pude ver em cada estação que o trem passava mais um punhado deles.
_____Eu não entendi até agora o motivo para tantos seguranças pelo metrô. Quando cheguei ao meu destino, como o número de seguranças lá também era grande, achei melhor não parar para perguntar o que estava acontecendo e saí logo da estação. Nada de perigoso ou absurdo aconteceu durante a viagem, entretanto fiquei tenso durante todo o trajeto. Toda aquela gente de uniforme, alguns com a mão no coldre, fizeram com que eu ficasse a viagem inteira atento, esperando que alguma coisa perigosa acontecesse. Ainda bem que na realidade não existe trilha sonora de situação de perigo ao fundo.
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