_____Martin Niemöller foi um pastor protestante alemão que, durante o regime nazista, pregou corajosamente contra o governo do seu país. Seu mais famoso escrito é o poema que transcrevo abaixo*:
Primeiro os Nazistas vieram buscar os Comunistas,
Eu não protestei;
Eu não era Comunista.
Quando eles vieram buscar os Social-democratas,
Eu não protestei;
Eu não era Social-democrata.
Quando eles vieram buscar os Sindicalistas,
Eu não levantei a voz;
Eu não era Sindicalista.
Quando eles vieram buscar os Judeus,
Eu não protestei;
Eu não era Judeu.
Quando eles vieram por mim,
Não havia sobrado ninguém para protestar.
_____O texto é muito conhecido e não à toa: em plena Alemanha de Hitler, Niemöller vivia a falar coisas do tipo em suas pregações. Algo absurdamente admirável. Por isso mesmo, existem inúmeras versões do poema, nas mais diversas línguas (meu amigo Alex Castro, por exemplo, parodiou o texto recentemente).
_____Levando em conta os absurdos que tem acontecido no Oriente Médio, é impressionante que ninguém tenha tido a idéia de fazer uma paródia do texto colocando os judeus do outro lado. O ideal seria que um rabino israelense fizesse a paródia. Como, que eu saiba, nenhum se atreveu até o momento, sinto-me, como escritor, obrigado a cumprir o papel. Aproveitem a minha versão.
Primeiro os Israelenses tomaram à força alguns territórios,
Eu não protestei;
Eu não morava naquela terra.
Quando eles fizeram uma prisão de inocentes a céu aberto,
Eu não protestei;
Eu permaneci em liberdade.
Quando eles prenderam os Shministim,
Eu não levantei a voz;
Eu não era um estudante israelense.
Quando eles fizeram mais massacres em Gaza,
Eu não protestei;
Eu estava bem longe de lá.
Quando eles vieram me atacar...
Ah, que bobagem! Isso nunca vai acontecer.
Soldados do Hamas que Israel, por legitima defesa, precisou atacar.
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Atualização (11/I/2008):
_____Aproveito para deixar claro meu apoio à campanha “Boicote, Desinvestimento, Sanções”.
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* Tradução da versão de 1976.
ficou ótimo, mas não marque touca por aí não...
ResponderExcluirÉ por essas e outras que sempre passo por aqui.
ResponderExcluirFicou lindo e muito verdadeiro, Ulisses.
Forte abraço.
Como todo bom blogueiro que se preze, linkou as fontes de notícia mais confiáveis: os blogs.
ResponderExcluirÉ nisso que está nossa força: nada de panelinha, mas sim uma rede de reforço mútuo que ainda produzirá muita coisa boa. Boto fé.
Parabéns, ficou ótimo seu texto!!!
ResponderExcluirESSE MERECE UMA ATENÇÃO ESPECIAL DO YAHOO e do MUNDO!!!!!!
Mto bem escrito, criativo, explicado, bolado, etc.
Puts, um texto atual... mto bom!
ResponderExcluirQueria saber se tem algum lugar para indicarmos o texto para alguém... e para indicarmos para ir à capa do yahoo???
Eu nem tinha outra alternativa, Rafa. A imprensa está dando uma versão tão amenizada e pobre do que acontece que não dá para citar outra fonte além dos blogs. Os blogs estão fazendo mesmo um trabalho divino.
ResponderExcluirVou até melhorar sua frase, se você não se importar: “É nisso que está nossa força: nada de panelinha, mas sim uma rede de reforço mútuo que PRODUZ, E ainda produzirá, muita coisa boa.”
Abraços.
Muito obrigado pelos elogios, Van. É bom ouvir isso.
ResponderExcluirQuanto a lugares para indicar o texto, existem sim. No Yahoo!/Y! Posts eu não sei como fazê-lo (acho que nem dá), mas existem outros meios. Logo abaixo do texto, existe um “Compartilhe”. Vários dos links abaixo desse “Compartilhe” são formas de divulgar melhor o texto. Além deles, você pode indicar o texto para agregadores de notícias como o Uêba (http://ueba.com.br/) e o diHITT (http://www.dihitt.com.br/).
No Uêba você clica em “Envie Link” e, lá, coloca o endereço deste texto (http://incautosdoontem.opsblog.org/2009/01/09/a-historia-se-repete/) ou de outro qualquer que você tenha lido em algum lugar e que você ache que vale a pena divulgar. No diHITT, é quase a mesma coisa, mas vc tem de clicar em “Envie uma notícia interessante”.
Ficou claro?
[...] entre os tanques nazistas e a cavalaria polonesa durante a II Guerra Mundial. Para falar a verdade, como eu já disse, não é só nesse ponto que eu encontro similaridades entre os nazis e [...]
ResponderExcluir[...] dois últimos textos sobre a Palestina Ocupada receberam muitos comentários: enormes elogios e duríssimas [...]
ResponderExcluirHá alguma informação sobre este assunto em outras línguas?
ResponderExcluirVersões do meu poema não tem... mas, do resto, vc acha fácil.
ResponderExcluirquando houve o massacre de darfur, nenhum pais muçulmano protestou
ResponderExcluirna argelia, ninguem protestou
no irã x iraque, ninguem protestou
xiitas contra sunitas, ninguem protestou...
Nem precisa me dizer. No massacre Indonésio ao Timor Leste ninguém falou nada tb... nem nas incontáveis mortes de Ruanda... E assim por diante. Não importa sobre qual massacre (ou outro absurdo qualquer) você fale, sempre vão ter mil outros que não vão ser mencionados. Nem por isso devemos deixar de falar, certo?
ResponderExcluir[...] acho que é possível melhorar alguns detalhes e, às vezes, até reescrevo uma parte. Isso porque, excetuando raríssimas exceções, só produzo prosa. Talvez se eu esperasse a inspiração, todo texto sairia com mais facilidade, [...]
ResponderExcluir[...] linha torta May 19th, 2011 by Ulisses Adirt. Share___Raramente produzo poemas; se muito, faço algumas paródias. Quando tenho alguma poesia na cabeça, vez por outra utilizo-a em alguma situação cotidiana. [...]
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