_____Comecei em meados de 2005 a acompanhar alguns blogs e afirmo, sem a menor sombra de dúvidas, que uma produção cultural de qualidade altíssima tem sido publicada. Como acredito que aproximar meus alunos da leitura de bons blogs vale tanto quanto convencê-los a ler ou ir ao cinema, sempre indico alguns blogs para serem acompanhados dependendo do tema que estou trabalhando. Muitas vezes trabalhei com textos de blogs nas minhas aulas, utilizei quadrinhos ou montagens publicadas na internet como catalisadores de debates e por aí vai.
_____As provas que aplico são, em sua maioria, dissertativas, avaliações em que a interpretação, a reflexão e a capacidade argumentativa contam muito mais do que, simplesmente, o decorar vazio de alguma informação. Bem diferentes das avaliações aplicadas normalmente no ensino fundamental e médio, bem diferente do fraco “Provão” que tive de fazer quando de minha formatura. Tento fazer uma avaliação bem mais próxima dos melhores vestibulares do país (não os mais concorridos, mas sim os que melhor avaliam) ou de ótimos professores com os quais cruzei e cruzo na Universidade.
_____Toda essa introdução foi para dizer que resolvi publicar uma série (sem número certo de posts) com textos de provas em que cito alguns blogs, em que utilizo material produzido por blogueiros como base para a reflexão acadêmica. Acredito que, sendo este um blog, o meio é mais do que profícuo para o debate. Quem sabe assim não repenso e melhoro minhas avaliações e, talvez, até ajude alguns blogueiros a refletirem mais sobre a própria produção.
_____Publicarei amanhã a primeira postagem da série com algumas perguntas que fiz com uma antiga postagem do Marco Aurélio, do Jesus, me chicoteia!. Espero que meus leitores apreciem.
P.S.: Antes que alguém aproveite para fazer algum comentário maldoso, eu não digo para os meus alunos que tenho um blog e nem uso meu nome verdadeiro aqui no Incautos do ontem (para falar a verdade, não divulguei meu blog para ninguém que conheço. Os amigos que fiz por aqui, surgiram daqui mesmo). Se algum aluno encontrar uma pergunta de uma futura prova navegando pela internet, creio que atingi alguns dos meus objetivos: (I) fiz com que o aluno passasse a buscar um pouco mais de cultura na internet, nos blogs; (II) ensinei ele a pesquisar, a encontrar o que acha importante/interessante.
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