_____Ontem fui para a Nossa Caixa, na Cidade Universitária, fechar minha conta. Ingenuamente eu acreditei que, como as aulas ainda não começaram na USP, a agência estaria vazia. OK, verdade seja dita, a agência não estava cheia, peguei a senha de número 27 e achei, portanto, que logo seria atendido. Cerca de duas horas depois, todas as minhas ilusões infantis já estavam desfeitas, eu já havia concluído meu Romance d'A Pedra do Reino e as cadeiras que pareciam confortáveis no início da peregrinação, já não pareciam tão boas.
_____“Ah, deixa de ser pentelho,” poderá dizer um leitor incauto, “você estava indo lá fechar a conta e ainda queria ser atendido rapidamente?”. O problema não está em fechar a conta. O fato é que os atendentes que fecham contas são os mesmo que as abrem (pelo menos era o que dizia a placa). Até me atenderem, não sabiam se eu queria fechar ou abrir uma conta.
_____Sinceramente, se eu fosse abrir uma conta em um banco e esperasse duas horas para ser atendido, eu levantaria o rabo da cadeira e iria abrir conta em outro banco.
_____De qualquer modo, saí feliz da agência. Um dos motivos é que ainda restava um pouco de dinheiro na conta e eu saí com a carteira cheia (sensação que eu não sentia fazia um tempo). O outro é que a moça que me atendeu ao fim do martírio era uma visão do Paraíso. A moça era tão bonita que, se ela dissesse com jeitinho que ao invés de fechar a conta, eu deveria fazer um seguro de vida, neste momento ser morto pela minha namorada, que lê esta crônica por cima dos meus ombros, seria mais lucrativo... Pelo menos para a minha família.
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