_____Ser assaltado é horrível. Reagir não costuma ser algo muito inteligente a se fazer.
_____Eu poderia dizer que a sensação de reagir, não perder nenhum bem e escapar ileso é ótima, mas não seria a verdade. Escapei (quase fui atropelado ao fugir dos ladrões, mas escapei) e, agora, quase uma hora depois, dentro de casa e seguro, não sei bem o motivo, mas me sinto angustiado. Não é uma sensação boa.
_____De qualquer modo, estou bem.
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P.S.: O Mauro Castro, meu taxista favorito, passou pela mesma situação que eu e também contou para os seus leitores. Não só o texto dele é melhor, como ele soube agir de maneira bem mais inteligente.
Cara, que raiva, que medo e que alívio por saber que você está bem (quer dizer, bem mesmo é impossível estar depois de uma dessas, mas enfim). Querendo espernear, chorar ou ignorar totalmente o assunto com alguém, não hesite em ir bater lá na porta do RRE. Beijos.
ResponderExcluirConheço bem essa sensação que você está passando Ulisses, anos atrás fui vitima de um assalto e também reagi. Eu nunca gostei de andar com muito dinheiro na bolsa, mas precisamente naquele dia eu havia recebido um pagamento alto em dinheiro e como não confio nos depósitos em caixas eletrônicos - já tive problemas com isso - levei a grana pra casa e iria depositar no dia seguinte. Antes de chegar ao estacionamento perto da empresa, um cara usou um canivete para cortar a alça da minha bolsa. Minha reação foi institiva: eu segurei! Ele começou a correr, achando que eu soltaria a bolsa, mas eu continuei segurando, correndo junto. Por fim a alça da bolsa arrebentou, eu cai no meio da rua, quase fui atropelada, mas continuava agarrada à bolsa.
ResponderExcluirPassei dias angustiada, sem conseguir trabalhar. A sensação era de insegurança total, até mesmo dentro de casa. Morria de medo de voltar ao trabalho e me deparar com aquele bandido de novo. Passei a estacionar o carro em outro lugar e até hoje evito passar pelo local do assalto. Desde aquele dia, nunca mais fui a mesma pessoa. Hoje ando na rua com medo, e tenho pavor se estou num lugar pouco movimentado e escuto passos atrás de mim, seja homem, mulher ou criança...
Mas graças a Deus, assim como eu, você também está vivo para contar essa história. Não deixe, Ulisses, que essa angustia tome conta de você.
Abraço
Rapaz, até vou lá ler o texto do teu taxista favorito, mas fico contente é de saber que tudo está bem.
ResponderExcluirAbraços de seu vizinho de condomínio!
Pô Ulisses, que droga... Eu fui assaltado três dias antes de me mudar do país. Levaram meu carro, meu celular e meu dinheiro (eu havia acabado de fechar a minha conta por conta da mudança e estava com uma quantia razoável, ao menos para um estudante). O pior é que os caras ainda me colocaram no carro para me soltarem somente 1km depois. E o medo de ser sequestrado? Mas confesso que, como todo músico maluco, meu medo maior era ser sequestrado e somente ser liberado depois do dia do meu vôo, perdendo assim a chance de estudar fora do país. E o irônico é que eu tinha um maço de cigarros com somente uns 5 cigarros, e eles me deixaram com 3. Bonzinhos, não?
ResponderExcluirEnfim, tente ficar bem e superar. Grande abraço!
Essa sensação de angústia é por causa da impotência que sentimos quando somos assaltados. A nossa fragilidade torna-se absurdamente exposta quando uma pessoa está a nossa frente pedindo para passar tudo, estando ela com uma arma ou não.. A sensação de que somos inferiores e que esses marginais tomaram conta da cidade, e que estamos a mercê de um deles a qualquer hora do dia ou da noite nos causa essa angustia pq fomos expostos. Graças a Deus eu nunca fui assaltada, mas trombadinhas já me pediram o relógio uma vez... isso bastou para que a sensação de angustia aparecesse.
ResponderExcluirMas muito me agrada que vc está bem e vivo... mesmo!
Poppin' kisses!
Ulisses, benvindo. Agora tu és mais um número nas estatísticas da insanidade humana.
ResponderExcluirHá braços!!
Ô cara, que coisa. Sei bem que sensação é esta. Já senti. Acho que é o que as pessoas de bem sentem por não entender como um ser humano consegue agir assim com outro...
ResponderExcluirAloha Ulisses!
ResponderExcluirA angústia não é do assalto, em si.
Mas é a reação à nossa impotência.
Não podemos alterar o acontecido, não podemos corrigir o mundo para que isso não mais aconteça.
É liberdade da mente, em segundo plano, imaginar tudo o que poderia dar errado, todo tipo de evento infeliz que poderia decorrer do que aconteceu. De forma subconsciente, onde nossa imaginação não tem limites.
É compreensão, consciência que não podemos mudar. Que nossos esforços, pessoais e coletivos, são vencidos pelo conjunto da obra, a supremacia (não a vitória) das forças que representam tudo o que não somos, não acreditamos e não queremos.
Uma sociedade injusta, cruel, corrupta, petralhista, republicana, ignóbil, implacável, doente, recursiva, corrosiva.
Sobrevivemos, a cada dia.
A cada dia, continuamos sendo pessoas boas.
Fazemos um mundo melhor.
Não utópico, não perfeito... apenas... MELHOR.
E não pense apenas em uma solução com comportamento Polyanna, Gandhi ou alguma proposta Nobel da Paz do tipo "Madre Thereza de Cálcuta".
O mundo pode ser melhor, mesmo que exista alguma opção "Custer", "Napalm" ou uma política de contenção de violência "Sivuca".
"A vida só faz sentido se você obrigá-la a fazer"
Feliz por você estar aqui.
Feliz por você ter sobrevivido.
Força, sabedoria. Sempre.
Aloha!
Há algum tempo eu escrevi sobre um dia em que fui assaltada duas vezes. Que tal? Dá uma olhada. Chama-se "Sobre a violência." Na verdade, é mais um daqueles textos que precisam de trabalho. Queria que você metesse o bedelho um pouco.
ResponderExcluirAté.
http://ultimotrago.blogspot.com/2007/05/no-mesmo-dia-em-que-pensei-nunca-fui.html
ResponderExcluirO link para o texto é http://ultimotrago.blogspot.com/2007/05/no-mesmo-dia-em-que-pensei-nunca-fui.html
ResponderExcluirA saia vem depois... descobri que ainda não está pronta.... hahaha to arrumando o zíper, de novo...
ResponderExcluirA saia não tá totalmente pronta.... resolvi arrumar umas coisinhas nela agora... haha tipo o zíper
ResponderExcluir[...] Assalto - Incautos do Ontem [...]
ResponderExcluirEu já perdi as contas de quantos assaltos passei...
ResponderExcluirEu nunca reagi... na verdade já corri atrás.. o que me rendeu ficar sobre a mira de um revolver e vê-lo sendo descarregado em minha direção (cara ruim de mira).
Na minha cidade... ver assaltos ou ser vitima deles é quase uma rotina.
LIGUE PARA PC/MARCOLA:
ResponderExcluir0XX12 XXXXXXXXXX É NÓIS MANO!