_____Eu, que gosto muito dos meus trabalhos, fico sempre contente ao encontrar pessoas que também parecem gostar dos próprios trabalhos e, exatamente por isso, acabam trabalhando bem.
_____Ontem à noite, voltando a pé para casa depois do serviço (depois das 23h), cruzei com um casal de palhaços que também devia estar saindo do próprio trabalho. Passou, então, uma família segurando uma criança. O menino, maravilhado, olhou os dois artistas que poderiam muito bem ter ignorado e seguido seus caminhos. No entanto, eles pararam e foram brincar com o garoto. Até tirei uma foto (eu sei que está péssima. Relevem, eram onze e tanto da noite e, obviamente, a iluminação da rua não era nenhuma maravilha).
_____É claro que eles estavam cansados. Não deveriam estar querendo nada além de voltar para a casa quentinha deles. Mesmo assim, eles pararam e divertiram um pouco o garoto. Louvável. É óbvio que gostam do que fazem.
_____Outro bom exemplo disso eu vi na Virada Cultural (que aconteceu aqui em Sampa, no último fim de semana).
_____O Jogando no Quintal é um espetáculo de improviso feito por palhaços. É muito bom, divertidíssimo e, por isso mesmo, lotado em toda apresentação. Os ingressos dos shows muitas vezes esgotam semanas antes. Deem uma olhada como três palhaços improvisaram o tema cabelo.
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_____Na programação da Virada, eles estavam marcados, gratuitamente, para fechar as atividades do Centro da Cultura Judaica como atração das 18h. Sabendo disso e do sucesso deles, eu e minha namorada chegamos às 15h para pegar o ingresso e já encontramos uma bela fila.
_____Como chegamos cedo, conseguimos entrar e assistir. Às 20h, o espetáculo terminou. Minha namorada estranhou e disse: “O que aconteceu? Não estava escrito que seriam 3 horas de programa?”. Também estranhei, mas, feliz que estava com a divertida peça, saí alegre.
_____Para nossa surpresa, do lado de fora, uma enorme fila estava esperando na porta. Perguntei para uma das pessoas da fila o que eles estavam esperando para ver. Uma moça sorridente segurando a filha disse que iriam ver o Jogando no Quintal.
_____Aí entendi porque o espetáculo terminou mais cedo. Eles diminuíram uma hora do espetáculo que eu assisti para fazer uma nova apresentação para as pessoas da fila que não conseguiram lugar. Tudo isso, lembrando, de graça.
_____Claro que eles estavam cansados, tinham acabado de fazer um super show. Claro que os funcionários do Centro da Cultura Judaica também deveriam estar querendo ir para casa. Mesmo assim, todos fizeram um esforço a mais para atender as pessoas que não iriam conseguir ver o espetáculo por falta de lugares. Merecem, todos, enormes congratulações.
_____Igualzinho repartição pública, né?
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P.S.: Premiando os palhaços que ontem eu vi trabalhando bem até fora da hora do próprio serviço, eu peguei o telefone de contato deles. Quem, aqui de São Paulo, quiser contratar o serviço para alguma festa infantil, velório do chefe ou algo do tipo, é só ligar para 78941810.
Ulisses, você tem o coração do tamanho de um trem. Mas não é um trem qualquer: é daqueles beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem compridos...
ResponderExcluirExcelente blog! Já está nos links do Gatoca. :)
ResponderExcluirÉ Ulisses, eu blogueiro sem público sei muito bem o que é "trabalhar" por amor sem ganhar uma piava e ainda fazer hora-extra!
ResponderExcluirAhhh, lição 9 acrescentada! Valeu a dica!