14 de julho de 2013

Como eu me converti

___Quem duvidava do meu ateísmo, tinha muita razão. Eu me converti ao protestantismo mais rapidamente do que qualquer um poderia imaginar.
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___Neste mês de julho, vim passar uns dias em Salvador. Meu plano é me divertir nas férias escolares e, nesse ínterim, estudar dança de salão e pesquisar História. Só que, aqui em Salvador, a cada dez passos aparece algum jineteiro* tentando amarrar uma fitinha do Senhor do Bonfim no seu braço e, então, “guiar” você para os pontos turísticos mais legais da Bahia. 
___É uma experiência divertida deixar-se guiar por um maluco que quer mostrar mil conhecimentos histórico-populares, enquanto conta algumas anedotas pessoais ou reclama da prefeitura. Só que isso tem graça (e vale o dinheiro que o cara pede como contribuição “voluntária”) apenas umas duas, três vezes.
___Tentei me desvencilhar desses jineteiros de diversas formas. Ser educado, dizer que não é necessário, que eu já conheço a tal igreja ou que eu já fui ao Pelourinho umas oito vezes nesta semana, sempre é um processo lento. Ser mal-educado, virar as costas e ir embora, funciona, é rápido, mas não é uma atitude muito bacana. Eu estava em um impasse, até que descobri como resolver o assunto rapidamente, de maneira completamente doce: virei evangélico.
___Assim que aparece alguém querendo amarrar uma fitinha do Senhor do Bonfim no meu braço, logo respondo que a minha religião não permite, que, para mim, aquilo é pecado. Peço para que Jesus guie o rapaz, mas que infelizmente eu não posso ficar com ele. Magicamente, a insistência só dura mais umas duas frases e o jineteiro desaparece.
___Portanto, caros amigos, para todos os fins e efeitos, até sair da Bahia, eu sou evangélico. ;-)

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