2 de setembro de 2013

Comprar X Adotar (adendo à fala alheia)

___No final do mês passado, o Clarion de Laffalot fez um vídeo explicando seus motivos para ter escolhido comprar ao invés de adotar sua cachorrinha. Segue o vídeo
___Não pretendo questionar o Clarion, muito menos dizer que ele fez uma escolha errada. Se ele está feliz com a cachorrinha que comprou e ainda a trata bem, não vejo nada de condenável. Mesmo assim, acho que vale a pena contar um pouco do meu caso para acrescentar um ponto adverso à argumentação do vídeo. 
___Um dos argumentos principais do Clarion para ter optado por comprar a Nicole foi porque assim ele pôde escolher exatamente a raça da cadelinha. Ao escolher determinada raça, previamente se sabe algumas das características que a cachorrinha teria e que ele desejava. Pois bem, eu e minha esposa também passamos por algo parecido: precisávamos que nossa segunda cachorrinha tivesse determinadas características e, por isso mesmo, decidimos adotá-la. 
___Explico: nós já tínhamos a Cleópatra VII, uma cachorrinha tão corajosa quanto o Scooby-Doo. A pobrezinha era extremamente submissa, tinha medo de tudo e vivia a se esconder pelos cantos. Se iriamos arrumar outra cachorra, ela não poderia ser agressiva, dominante, nem nada do tipo ou poderia acabar estorvando mais ainda a vida da pobre Cleópatra VII. 
___Para escolher a nova cachorrinha, fomos, em um domingo, até a Matilha Cultural. De terça a sábado a Matilha é um centro cultural bem interessante; aos domingos ela abre seu espaço para que a ONG Natureza em Forma leve animais para adoção. Como se trata de um prédio fechado e com um bom espaço, os animais ficam soltos. Essa liberdade permite que quem quer adotar possa ver um pouco como os cachorrinhos disponíveis são: quem fica latindo para quem entra, os que são brincalhões, aqueles que estão no canto dormindo, quais cachorros sabem jogar pôquer, etc.. 
A Friend in Need, de Cassius Marcellus Coolidge
___Foi assim, olhando com calma e perguntando para os atendentes da ONG, que nós conseguimos uma cachorrinha exatamente com as características que queríamos: a Isabel Allende. E, desde a chegada dela em casa, a Cleópatra VII tem melhorado muito. 
foto
Da esquerda para a direita: Cleópatra VII, Isabel Allende e a minha esposa.
___Portanto, digo que adotar – principalmente se for um cãozinho adulto* – pode também ser uma ótima forma de escolher exatamente o cachorrinho que se quer. É só ter paciência, ou, nas palavras do Clarion, “fazer o dever de casa”.
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P.S.: Quanto aos comentários do Clarion sobre adoção de crianças, aproveito para acrescentar: concordo com cada vírgula. 

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* A Isabel Allende tinha, quando adotamos, 1 ano e meio. 

2 comentários:

  1. vai se ferrar ulisses. esse clarion e um machista de merda e vc ainda cita ele. ve quanta bosta ele falou sobre a lei maria da penha. vao se foder voce e eel

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  2. O Clarion não é machista. O que ele fala nos vídeos é que ele é contra a propaganda enganosa. Defender uma boa causa (feminismo) mas de forma enganosa (alterando estatísticas, por exemplo) é que é errado.

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