31 de julho de 2025

Marcas de quem leu

             Eu adoro ler, mas não sou lá a pessoa que tem mais cuidado com livros físicos. Pra mim, livro é para ser lido, não é para ser um objeto intocável como a Mona Lisa no Louvre ou o action figure da princesa Leia, de 1988, ainda na caixa, que meu vizinho do quinto andar deixa dentro de uma redoma de vidro. Meus livros são grifados, com post-its, andam comigo no ônibus. O que me importa é lê-los, não simplesmente preservá-los para a fazendinha de pó (safra automóveis de São Paulo, 2025) no alto da estante.

            A exceção, óbvio, são os livros das bibliotecas. Aquelas obras não me pertencem, elas são de todo mundo. Têm de estar inteiras e no melhor estado possível para a próxima pessoa que for ler. Então, por mais que esses livros também me acompanhem no transporte público, eles nunca são riscados e são sempre abertos com muito cuidado.

            Não é à toa que as pessoas que trabalham em bibliotecas deixam registrados os danos que os livros já sofreram. Peguei um livro certa vez que a filipeta da biblioteca dizia “manchas de umidade a partir da página 50”. Eram manchas pequenas, mas o aviso servia para nenhum usuário tomar uma bronca injusta por algo que não havia feito. Se bem que, também, já peguei livros em mau estado, sem nenhuma marcação feita pela biblioteca e fiquei receoso de tomar algum pito no balcão de devolução.

           



            Esta semana, depois de meses tentando, consegui retirar o A amiga genial, da Elena Ferrante. A biblioteca perto do meu trabalho só tem um exemplar e ele estava sempre alugado. Exatamente por passar por muitas mãos, o livro não está lá no seu melhor estado de conservação. Sem ligar para isso, fiquei feliz por encontrar a obra e a levei até o balcão. A bibliotecária me atendeu, registrou tudo e me entregou:

            – Devolução até dia 8 de agosto.

            Agradeci e, saindo da biblioteca, conferi a filipeta.

           



            Atenciosa e sincera, a bibliotecária escreveu: “livro com muuuuuitas marcas de uso”.

Achei a atendente muuuuuito fofa. Com certeza não vou tomar bronca na hora de devolver o livro.

            

9 de junho de 2025

Puladinho: origem

 


        Videoaula ensinando uma das versões do puladinho, um passo clássico do samba de gafieira, e pensando um pouco sobre sua origem.

Como no vídeo eu só mostro como fazer o puladinho, mas acabo utilizando outros passos de samba, segue, também, um vídeo mostrando como fazer os outros passos utilizados.

  

Bibliografia, fontes e materiais utilizados:

- Vídeo dos bailarinos Valéria Seki e Jaime Arôxa. 2021. Disponível em https://youtu.be/E8JxfHkXj2Q?si=zLxkauruMfFwny7D.

- Trecho do clipe “A Cara do Crime ‘NÓS INCOMODA’ (MC Poze do Rodo, Bielzin, PL Quest e MC Cabelinho)”. 2021. Disponível em https://youtu.be/2PRAiVs3MVc?si=Ahj7C0zq8Kf3LoW0.

- EFEGÊ, Jota. Maxixe, a dança excomungada. Rio de Janeiro: Gráfica Lux, 1974.

- GONZALEZ, Lélia. Festas populares no Brasil. Rio de Janeiro, Índex, 1987.

- MOREIRA, Quincas. “Malandragem” (música). 2019. Disponível em https://www.youtube.com/@QuincasMoreirahttps://www.youtube.com/audiolibrary.

- TINHORÃO, José Ramos. Os sons que vêm da rua. São Paulo: Editora 34, 2013.

 

26 de maio de 2025

A bossa nova e o samba de gafieira

 

            Videoaula refletindo se a dança conhecida como samba de gafieira passou pelo mesmo processo que a bossa nova.

 


 

Bibliografia, fontes e materiais utilizados:

- Foto de Nara Leão em seu apartamento. 1958. Disponível em https://revistacontinente.com.br/edicoes/247/ninguem-pode-com-nara-leao-1.

- Vídeo dos bailarinos Ana Galioti e Paulo Fonseca. 2020. Disponível em https://youtu.be/NTLtypnfC18?si=nCMQps0HbNNkoBge.

- Vídeo dos bailarinos Pety e Vanessinha. 2023. Disponível em https://youtu.be/qgHMcEwi7zg?si=zUWwU9AgcLqbV6oi.  

- Vídeo dos bailarinos Robinho e Evelin. 2023. Disponível em https://youtu.be/cx70R0Yjb-Y?si=_84jmUgUMtOySkE9.

- Vídeo dos bailarinos Valéria Seki e Daniel Costa. 2024. Disponível em https://youtu.be/GdENqCUiSrQ?si=18RPMT2_HHOPSf4L.  

- BRAGA, Rubem. “O morro não é dos malandros”. 26/11/1936. Disponível em https://revistamovinup.com/artigosespeciais/2017/rubem-braga-o-morro-nao-e-dos-malandros.

- JESUS, Carlinhos de. Vem dançar comigo. São Paulo: Editora Gente, 2005.

- JOBIM, Antônio Carlos; MORAES, Vinicius de. “Garota de Ipanema”. Música. 1962. Disponível em https://youtu.be/KJzBxJ8ExRk?si=CkiCV-CRIf0kcnyD.

- MENESCAL, Roberto; BÔSCOLI, Ronaldo. “O barquinho” interpretado por Nara Leão. Música. 1961. Disponível em https://youtu.be/B6JPFy0OM1M?si=kDnF4byoPdRFpy2r.

- TINHORÃO, José Ramos. Os sons que vêm da rua. São Paulo: Editora 34, 2013.

 

30 de abril de 2025

Elevados... (e sem tempo para indicar?)

 


            No finalzinho deste mês de abril de 2025, tive o privilégio de assistir ao espetáculo Elevados, do grupo Gumboot Dance Brasil.

A plateia estava cheia de crianças pequenas e algumas delas começaram chorando, mas foi só começarem as movimentações mais chamativas que todas ficaram fascinadas. Foi um espetáculo lindo, potente, contando uma história com danças africanas. Como minha especialidade é dança de salão, consegui pegar algumas referências, mas Elevados foi tão rico e diverso que tenho certeza de que não consegui perceber nem a metade. Mesmo assim, valeu cada minuto.

Queria muito poder indicar para todo mundo, porém não sei se o Gumboot Dance Brasil vai apresentar o espetáculo novamente. Pelo menos nas redes sociais do grupo, não há nenhum anúncio.

 


De qualquer modo, caso você tenha a oportunidade de vê-los, indico fortemente.  

3 de março de 2025

Carnaval, com uma criança, em tempos de internet

 

            Meu sobrinho mais velho não tem a menor vontade de fazer programas mais agitados de carnaval. Mas, aceitou dançar... se fosse para gravar um vídeo:

 


 

Música: SneakyBass Latina (Jimmy Fontanez, Doug Maxwell & Media Right Productions).

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